Rádio JS Gaspar

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Minha Maravilhosa Cidade

       Lá pelos meados de 86 acabei saindo de minha cidade de origem; situada no centro do estado de Santa Catarina, localizada no Planalto Serrano, onde até houve especulação de ser a capital do estado,  porém não passando disso, pois jamais teria estrutura para tal, pois teriam praticamente que começar tudo do zero.
       Nunca esqueci dos amigos, dos parentes, enfim de todos que passaram ou tiveram alguma ligação com a minha vida; as vezes paro um pouco para refletir e pensar no passado e tenho saudades dos meus laços, das minha origens, enfim de tudo o que por lá vivi.
       Tenho histórias dos meus avós e bisavós que foram troncos natos de um pequeno povoado distante uns 15 ou 20 quilômetros da cidade, mas que era um distrito do município, há?...
me desculpem! Ainda não citei o nome da cidade, pois bem, chama-se Curitibanos, uma das grandes produtoras de alho, feijão, batatas e outros enfim, que não seria o relato agora; me perdoem mas como estava dizendo, o povoado se chama Santa Cruz do Pery, popularmente conhecido como Rapa - isso não tem nada a ver com polícia, era chamado assim porque o pessoal da cidade ia muito jogar cartas naquela localidade, onde jogavam valores altos no carteio e normalmente acabavam perdendo para o pessoal de lá, então ficou o conhecido "Rapa" (dinheiro).
       Um dos meus avôs que morava no centro do povoado chamava-se Zacarias; homem este do coração do tamanho do mundo que nunca soube dizer não para ninguém, ele tinha uma certa influência, pelo seu carisma e apreço com os seus amigos deste local, sua esposa e minha avó, Maria dos Prazeres já era bem diferente dele, tinha um gênio mais forte, mas também tinha suas qualidades.
       Próximo a eles, moravam meus outros avós, Valdomiro e Joaquina, que ela (minha avó) até tem suas origens bem brasileiras mesmo, sendo que o nome de sua avó era "sinhaninha", uma bugra que foi achada pelo cão do meu avô no mato, durante uma das caças dele. Ele a levou pra casa e constituíram uma grande família, não sei dizer quantos filhos, mas não era pouco não; e minha bisavó filha da bugra também, acho que  eram treze ou quatorze filhos...
       Continuando a história amigo leitor, meu pai José Mendes que ainda era vivo na época, e minha mãe Catarina vieram morar aqui em Gaspar um pouco depois de mim, lá por 86/87.
       Tudo isso é um pouco da história da minha família que acabei relatando na mais digna simplicidade; então você vai me dizer e daí? Porque eu tenho que saber? Aí eu gostaria de dizer onde quero chegar! Pois bem, tenho hoje 47 anos de idade, sou morador de Gaspar, minha esposa e meu filho são naturais daqui; pra você entender melhor, na minha cidade de origem eu fiquei 20 anos e em Gaspar 27 anos. Quero dizer que Gaspar hoje é a cidade do meu coração, que faço parte dela e que tenho o maior orgulho de dizer que sou gasparense, pois minha vida é aqui e jamais abandonarei este lugar divino e maravilhoso, onde fui acolhido de braços abertos, como um filho adotivo, mas que está no teu coração terra querida; eu vi essa cidade crescer aos poucos e hoje tanto me orgulho pois já desenvolveu-se muito e muito ainda irá crescer, deixando-nos com uma qualidade de vida ainda melhor.
        Chama muita atenção pra mim, é o bairro Alto Gasparinho, meus irmãos gasparenses, adoro aquele lugar, como descrevi no primeiro parágrafo, aquilo tudo ali me lembra a terra dos meus avôs lá de Curitibanos, quando subo o morro acima da Capela Santo Antônio, sinto a mudança de clima, o ar puro e mais friozinho, isso tudo recorda também minhas origens, adoro de vez em quando ir no sítio do Seu Osnir, pescar umas tilápias e além de disso, ainda conversar um pouco com o velho amigo, pessoa da melhor qualidade, que eu admiro com grande respeito. Vizinhos de cerca dele, também tenho parentes da família Camargo, outro amigo que tem um sítio lá perto e o Rogério Cunhago, grande parceiro, enfim se eu for relatar o nome de todos os meus amigos se tornará uma lista extensa onde não terá espaço para todos, mas falo com certeza, "gente e local da melhor qualidade".
        Voltando a nossa Gaspar num só, gostaria de dizer a todos que por ventura leram meu relato simples e modesto, que não vamos deixar nossas origens morrer, seja aqui ou em outro lugar, mas reflitam como eu... "Minha cidade, minha vida está aqui". Vamos ser conscientes e tornar nossa cidade cada vez mais maravilhosa de se viver.
        Esse é o relato de um morador que simplesmente ama Gaspar de coração e que quer vê-la cada vez melhor.





Veja abaixo alguns dos locais citados no texto acima:









 Autor: Jonil de Souza.

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