Nunca esqueci dos amigos, dos parentes, enfim de todos que passaram ou tiveram alguma ligação com a minha vida; as vezes paro um pouco para refletir e pensar no passado e tenho saudades dos meus laços, das minha origens, enfim de tudo o que por lá vivi.
Tenho histórias dos meus avós e bisavós que foram troncos natos de um pequeno povoado distante uns 15 ou 20 quilômetros da cidade, mas que era um distrito do município, há?...
me desculpem! Ainda não citei o nome da cidade, pois bem, chama-se Curitibanos, uma das grandes produtoras de alho, feijão, batatas e outros enfim, que não seria o relato agora; me perdoem mas como estava dizendo, o povoado se chama Santa Cruz do Pery, popularmente conhecido como Rapa - isso não tem nada a ver com polícia, era chamado assim porque o pessoal da cidade ia muito jogar cartas naquela localidade, onde jogavam valores altos no carteio e normalmente acabavam perdendo para o pessoal de lá, então ficou o conhecido "Rapa" (dinheiro).
Um dos meus avôs que morava no centro do povoado chamava-se Zacarias; homem este do coração do tamanho do mundo que nunca soube dizer não para ninguém, ele tinha uma certa influência, pelo seu carisma e apreço com os seus amigos deste local, sua esposa e minha avó, Maria dos Prazeres já era bem diferente dele, tinha um gênio mais forte, mas também tinha suas qualidades.
Próximo a eles, moravam meus outros avós, Valdomiro e Joaquina, que ela (minha avó) até tem suas origens bem brasileiras mesmo, sendo que o nome de sua avó era "sinhaninha", uma bugra que foi achada pelo cão do meu avô no mato, durante uma das caças dele. Ele a levou pra casa e constituíram uma grande família, não sei dizer quantos filhos, mas não era pouco não; e minha bisavó filha da bugra também, acho que eram treze ou quatorze filhos...
Continuando a história amigo leitor, meu pai José Mendes que ainda era vivo na época, e minha mãe Catarina vieram morar aqui em Gaspar um pouco depois de mim, lá por 86/87.
Tudo isso é um pouco da história da minha família que acabei relatando na mais digna simplicidade; então você vai me dizer e daí? Porque eu tenho que saber? Aí eu gostaria de dizer onde quero chegar! Pois bem, tenho hoje 47 anos de idade, sou morador de Gaspar, minha esposa e meu filho são naturais daqui; pra você entender melhor, na minha cidade de origem eu fiquei 20 anos e em Gaspar 27 anos. Quero dizer que Gaspar hoje é a cidade do meu coração, que faço parte dela e que tenho o maior orgulho de dizer que sou gasparense, pois minha vida é aqui e jamais abandonarei este lugar divino e maravilhoso, onde fui acolhido de braços abertos, como um filho adotivo, mas que está no teu coração terra querida; eu vi essa cidade crescer aos poucos e hoje tanto me orgulho pois já desenvolveu-se muito e muito ainda irá crescer, deixando-nos com uma qualidade de vida ainda melhor.
Chama muita atenção pra mim, é o bairro Alto Gasparinho, meus irmãos gasparenses, adoro aquele lugar, como descrevi no primeiro parágrafo, aquilo tudo ali me lembra a terra dos meus avôs lá de Curitibanos, quando subo o morro acima da Capela Santo Antônio, sinto a mudança de clima, o ar puro e mais friozinho, isso tudo recorda também minhas origens, adoro de vez em quando ir no sítio do Seu Osnir, pescar umas tilápias e além de disso, ainda conversar um pouco com o velho amigo, pessoa da melhor qualidade, que eu admiro com grande respeito. Vizinhos de cerca dele, também tenho parentes da família Camargo, outro amigo que tem um sítio lá perto e o Rogério Cunhago, grande parceiro, enfim se eu for relatar o nome de todos os meus amigos se tornará uma lista extensa onde não terá espaço para todos, mas falo com certeza, "gente e local da melhor qualidade".
Voltando a nossa Gaspar num só, gostaria de dizer a todos que por ventura leram meu relato simples e modesto, que não vamos deixar nossas origens morrer, seja aqui ou em outro lugar, mas reflitam como eu... "Minha cidade, minha vida está aqui". Vamos ser conscientes e tornar nossa cidade cada vez mais maravilhosa de se viver.
Esse é o relato de um morador que simplesmente ama Gaspar de coração e que quer vê-la cada vez melhor.
Veja abaixo alguns dos locais citados no texto acima:
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